sábado, abril 26, 2014

"Eu vi Anadoris. Um relance, um sonho em oração breve, oração de arrependimento e perdão. Minha carne é fraca, e por um breve momento o sono me levou na oração e eu pude ver as praias de minha amada Anadoris.

Obrigado..." (Experiencia vivida no 2º semestre de 2013)



Estas eram as palavras q me vieram ao coração naquele dia. Fazem anos que não vejo esta ilha e muito menos ouço a voz de quem o criou com tanta clareza. Como as irmãs mais velhas de Anadoris, ela não é encontrada com facilidade, quando eu menos espero lá estou levado por Ele como ato de misericordia..

Até hj eu busco a paz q parece só existir por lá. Quantas vezes não orei para fazer de Anadoris minha morada?

Aqui estou. Nem em Anadoris e nem em Minas Gerais, mas numa terra nebulosa onde o certo e o incerto co-existem. Aqui estou, não sem muita luta entre vontades e realidades, entre sonhos e oportunidades, entre medos e virtudes; sim, medo.

Me lembra da velha frase encrustrada num solideu (uma cobertura utilizada "somente para Deus"):
"Todos os dias luto por minha vida e venço.
Todos as noites luto para lembrar meu nome e perco."

Uma vez me explicaram sabiamente "a dança é como uma luta". Será mesmo verdade? A luta forja o homem, a luta traz seu rosto em terra, a luta te humilha e te enaltece; é o que dizem. Mas e a dança? Me dirão simplesmente: dance, deixe-se levar e leve quem se deixar... esta eu desconheço.





Um comentário:

M disse...

A dança é como a luta, em seu aspecto mais homogêneo e a igualdade entre elas se mostra por suas diferenças diametralmente opostas.

A Luta forja o homem, exigindo dele um esforço crescente o lança contra um mundo violento ao qual tem de se adaptar, crescer.
A Dança forja, lhe determina o passo, o ritmo, as regras. Lhe impõe um mundo onde crescer significa adaptar-se a realidade, seguir um ritmo que não é seu.

A Luta te humilha, te lança em terra, mostra suas fraquezas e que suas forças sempre são pequenas, limitadas. Te enaltece ao te permitir ir mais longe, superar seus limites vencer.
A Dança te humilha, te obriga a seguir o passo de outro, andar ao lado e junto a desconhecidos. Mostra que suas habilidades não o tornam melhor que o dançarino ao lado, pois se ambos não mativerem o passo não há dança. A dança te prende a fraqueza dos outros e mostra neles suas limitações. A Dança enaltece o homem tornando-o mais que um soldado, mais que um guerreiro. Ensina ao homem a guiar o próximo, suprir as necessidades deles com suas próprias, e se deixar moldar ao companheiro não por força, mas por graça.

Para alguns sábios orientais a arte da Espada é como a arte da Pena. Quem domina uma conhecerá também os mistérios da outra.

Mas essa arte eu desconheço....