Resgate de Haideé

Meu pai se despedia de mim no carro em frente aos portões daquela escola pela terceira vez...

Mais uma vez ela se tornaria minha casa... será que alguém me reconheceria?
Desta vez seria diferente, estava acompanhado, tinha uma missão bem clara. Era cumprir e ir embora...

Allan era meu cúmplice nesta missão.

Por sorte, ao entrar no quartel estava bem familiar; se num bastasse isso tinha ganhado configurações como as da minha casa, e eu e o Allan ficamos no quarto do filho do comandante. O filho do General era o Rafael Pacitti, e o quarto era como o meu de Viçosa; ele também estava no esquema, isso era bom.

Não queríamos demorar para não levantar suspeitas, então no primeiro dia pela  manha já fomos ao local onda sabíamos que iríamos encontrar aquilo q procurávamos. O plano era resgatar o corpo da minha vó falecida, dona Haideé.

Conforme o plano  fomos para a sala de estar logo pela manha e começamos a quebrar os tijolos que tampavam a lareira da casa. Sabíamos q iríamos encontrar os restos mortais dela ali. Com pouco de esforco passamos pela primeira camada de tijolos e uma parede que escondia o interior da lareira foi alcançado...
Nossas expectativas eram de romper aquela parede, encontrar o mortuário da Haideé e sair o mais breve possível do quartel com o objeto do nosso desejo... mas ela não estava lá...

Não era obvio que os militares teriam escondido  numa camada mais baixa ? Era claro q não seria tão fácil...

Já tínhamos feito um bocado de barulho e isso começou a levantar suspeitas. Eu disse ao Allan "não podemos parar, vão logo descobrir a gente... estamos com roupas de funcionários, então vai levar algum tempo para haver uma denuncia. Vamos continuar trabalhando como se tudo estivesse ocorrendo normalmente." Enquanto isso alguns militares passavam por nós se questionando o que estava acontecendo... mas sem nenhuma pergunta nem nada além de sussurros.

Estava decidido então, iniciaríamos a quebrar a camada inferior da lareira... o trabalho estava somente começando.

Acordei.