terça-feira, janeiro 17, 2006

Koopa(16/01/2006)

Na noite passada após Jogar uns bons jogos de xadrez fui dormir na casa do meu amigo Josué no quarto vazio do seu irmão. Sonhei com outro jogo de xadrez. Jogava ele e eu em um gramado. Fiquei bravo quando apos um jogo emocionante ele entrega uma peça essencial sem querer.

Me levanto do gramado olhando a umas 20 pessoas se aglomerando ao redor de alguém que me parecia familiar. Chegando mais perto eu reconheço um senhor já com cabelos brancos, grande e com uma cara simpática, era o Ernesto Van Ruckert. Ele aparentemente estava chamando todos para fazer uma apresentação de mágica ou algo do tipo.

“Todos sabem” dizia o Ernesto”como é importante manter um certo equilíbrio na acidez do estomago” e o povo concordava com um movimento de cabeça. Ele pegou uma garrafa e começou a apresentar algo que era a mistura de uma aula de física química e uma apresentação de mágica. Fazia o volume da um liquido aumentar e diminuir, mudar de cor tudo ao comando de seu dedo enquanto ele lecionava sua aula. “Venham mais perto” e todos atendiam a seu pedido.

Quando eu cheguei mais perto ele sussurra no meu ouvido “Faça-me um favor, pegue minhas chaves e cinco reais que eu deixei com a Renata”. Respondi que sim, mas que eu não sabia quem era nem onde estava. Ele indicou que ela estaria no prédio em frente ao gramado. Foi neste momento que eu percebi que estava em um lugar muito parecido com o gramado em frente ao departamento de engenharia florestal da UFV.

Enquanto eu subia as escadas do prédio vi o Raí sentado em um degrau, eu aceno a ele e ele me grita “Ivo, o Raí repetiu de ano!”. Entrei no “departamento” encucado com o que me disse e conversei com a bibliotecária do anglo. Pedi para falar com a Renata “É uma das meninas?” ela me pergunta destacando a ultima palavra como se eu soubesse do que ela estava falando. “Sei lá, pode ser. Só sei que tenho de pegar uma coisa com ela.” Respondi. Ela tira um bolo de chaves atrás da sua escrivaninha e separa uma do meio do monte e me entrega falando para entrar no escritório das meninas, novamente destacando a palavra meninas.

Foi neste momento que eu reconheci aquele bolo de chaves, lembrei já ter visto aquilo nas mãos do meu superior Ernesto. Estendi a mão e peguei perguntando “Acaso estas não são as chaves do professor Ernesto?”, ela respondeu afirmativamente e fui descobrir que a tal garota tinha deixado as chaves e 15 reais ou invés de 5 com esta mulher para entregar ou seu dono. Peguei tudo e fui voltando.

Lá fora o cenário havia mudado, havia um pinheiral ao meu lado esquerdo e o gramado estava cercado por um lado pelo prédio, ou outro estremo por um murro e por umas matas dos dois outros lados. Achei no chão uma bela boina preta, o que coloquei na cabeça e fui a procura de devolver os pertences ao seu dono. Logo encontrei com o dono, que por sua vez estava acompanhado por uma senhora e uma garota. Tratei de devolver tudo e ele me convenceu de que a boina também era dele então entreguei este também.

Engraçado que quando terminei de entregar tudo percebi que meus pés estavam a uns 60 cm abaixo dagua, percebi também que tinha um varal com roupas molhadas em minha frente amarrado em uma arvore no alto de um morro e uma arvorezinha debaixo do campo inundado. As duas garotas e também o Ernesto mergulharam na água, que já estava ocupando o gramado todo, só que levantaram de debaixo da água pessoas diferentes. No lugar do professor levantou-se uma pessoa mais jovem e no lugar da moça se levantou uma mulher mais velha, e no lugar da senhora se levantou uma jovem.

Os três brincavam na água, o cara estava cantando (parecia que estava cantando a garota também) enquanto eu tentava tirar o varal para levar aquelas roupas, que por acaso eram minhas. Com um puxão eu consegui soltar o varal, mas com isso eu também caí dentro da água. Já de pé eu fui saindo com os três por um portão no muro.

Lá fora tinha um rio e uma barraca montada na frente do portão. “Mas estes alunos ein...” comenta a mais velha ao ver a barraca. “Fui eu que acampei aí” respondi e fui explicando para eles que minha mãe não tinha me deixado acampar na mata do paraíso nem na mata atrás de casa então quando eu vi grama na frente da escola eu fui logo montando um acampamento.

Um rio corria ao lado do murro, onde fomos nadando correnteza abaixo até que um diz “Uai, e agora?”. Não entendendo a pergunta eu respondo “Uai o que, como assim e agora?”, “E a cachoeira atrás de você? O que vamos fazer a respeito disso?” foi a resposta. Olhei para trás e disse “Vamos cair então né?” e fui o primeiro a descer aquela queda enorme.

A queda não foi um problema, muito menos o final dela. Parecia estarmos flutuando em um monte de espumas. Meu pai apareceu também flutuando ao meu lado tentando explicar o porquê flutuávamos quando eu começo a ouvir uma voz de um locutor no fundo de todo o barulho...

Começo a reconhecer que estava explicando a história dos koopas (tartarugas, inimigos do Mario) e porque haviam se rebelado contra a princesinha... Vejo não mais espumas mas agora a história das tartarugas passando na minha frente...Eu interrompo dizendo “Videogame, pode deixar comigo!”. Olho o controle que estava na minha mão e fico esperando o jogo começar...

Para me chatear me apareceu um jogo que parecia o da forca. Depois de umas tentativas frustradas eu dou o controle na mão do Josué e vejo que estou acompanhado por ele e meu pai. Olho novamente ao jogo e ele parecia estar jogando Super Mario 3.

Eu ouço um “Ô Ivo, vão lá? Ta na hora.” e quando eu abro os olhos estou na cama do Davi de frente para o Josué me chamando.

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