Eu não sabia para onde fugir.. mas fugi.
Momentos antes eu estava na sala de um apartamento aleatório, no sofá ao lado de minha mãe e minha irmã tocando cavaquinho super conplexo. Nosso cavaquinho era super divertido e cada um de nós revezava as descobertas dos prazeres de tocar cavaquinho e rir dos nossos talentos e alegrias escondidas que, com auxílio daquele instrumento, se externalizava nos unindo.
A sala tinha mais gente.. era um vai e vem de um "junta panela" bem gostoso, eu nem reparava que tinha gente zanzando atrás do sofá, entrando na cozinha, conhecendo a casa e por aí vai! Era um momento precioso :)
Até que.... eu fiquei sabendo que ela estava ali.. bem, não exatamente ali, mas no apartamento de cima! Nossa, eu não consegui pensar em nada além do medo de cruzar com ela no corredor .... o medo de cruzar com alguém próximo me aterrorizava tanto quanto ou até mais do que ver a face dela! Bem, não bastasse eu ter parado o cavaquinho para ficar olhando o corredor aterrorizado justo o meu medo me encontrava... ele se concretizou com um olhar doloroso de sua mãe me fitando conscientemente da porta do apartamento.
Aquilo me aterrorizou. Deixou de existir outras pessoas na sala.. cavaquinho, panelas, portas tudo aos poucos perdeu o seu brilho e minhas pernas em marcha automática me levavam para longe daquele lugar. :Bem, ao menos tentavam.
Foi neste momento que a minha conselheira me alcançou e me disse estas palavras: "Se você não tivesse tanto medo..."
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