sábado, março 15, 2008

Sobre Sonhos

Blaise Pascal escreve em seu livro "Pensamentos" q a veracidade daquilo q chamamos realidade pode ser comprovada pela existência de sonhos. Descreve q o fato de o período q chamamos de acordado ter continuidade, coerência e interligaçao entre os *dias faz com q pelomenos valorizemos mais os dias em função dos sonhos. Ele afirma q se os sonhos fôssem interligados de forma q se uma decisao tomada em uma noite tivesse concequencia na próxima, dariamos o mesmo valor aos sonhos q damos aos dias.
*(chamo de dia os espaços contínuos de tempo entre um sono e outro)

Curiosamente um grande amigo meu q chamarei de Lupus, viveu por uma situação como descreve o matemático e filosófo Pascal. O Lupus teve o q ele chamou de "sonhos de longametragem", uma série de noites com sonhos em cadeia. Ele sonhava q era um detetive e a cada noite tinha q resolver um caso diferente...

Bem, comigo foi um pouco diferente. Na minha infância lembro de inverter nao as características dos sonhos, mas sim da realidade. Lembro q acreditava q cada dia era independente do outro assim como a maioria dos sonhos. Com isso na mente acreditava q cada dia tinha uma duração incerta, isso é, poderia durar eternamente, dependia somente de ter forças para se manter acordado... Portanto, analogamente ao q o filósofo afirmou, digo q se cada dia fosse independente um do outro, assim como acontece na maioria dos sonhos, daríamos o mesmo valor aos sonhos q damos à realidade.

5 comentários:

Anônimo disse...

Se a gente sonhasse todos os dias a mesma coisa, nao notaríamos a presença de um sonho e concondo quando o autor diz que eles ( os sonhos) nos afetariam tanto quanto qualquer objeto que vemos todos os dias. É engraçado isso! Faz pensar ( ao menos a mim ) que o sonho seria intediante se ele nao fosse da maneira que é, entao ele é incrivelmente interessante.

"porque os sonhos são todos diferentes e se diversificam, o que se vê neles afeta bem menos que o que se vê em vigília, por causa da continuidade, que não é, contudo, tão contínua e igual que não mude também; mas, menos bruscamente, se não raramente, como quando se viaja; e então se. diz: Parece-me que sonho; pois a vida é um sonho um pouco menos inconstante."

E porque não estariamos sonhando quando pensamos viver a realidade e vivendo a realidade enquanto pensamos estar sonhando?! Assim os sonhos seriam continuos e a realidade seria inconstante. É legal pensar assim porque eu tenho certeza que nao é isso que acontece, mas, quando eu tenho essa certeza eu penso que alguem pode querer que eu tenha essa certeza, entao consigo deixar a hipotese de eu estar viver enquanto estou sonhando e sohar enquanto acho que estou vivendo viva.
Acho que eu fui confusa.
Gostei do post!
Abraços


Jeíce Catrine

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

Na verdade, nao exatamente que alguem queira que eu tenha a certeza, mas, sabe? alguma coisa
nao sei explicar, só sei que o natural, o padrao, é ter a certeza, mas, isso nao quer dizer que ela esteja certa!

Jeíce Catrine

Anônimo disse...

Pois então...acho que vcs devem achar legal o que René Descartes escreveu sobre o sonho x vigília, e de como as sensações tão reais que se tem quando está a sonhar poderia ser um indício de o que vivemos agora não seria, necessariamente, "realidade"....assim, para começar a entender o mundo ele se livrou de todos os seus preconceitos, criando a DÚVIDA HIPERBÓLICA. Vcs devem conhecer esse estudo dele...foi aí que ele chegou à conclusão de que apesar da incerteza de tudo poder ser ilusão, o fato dele duvidar é um indício de sua existência. Não dele enquanto homem, corpo e tal, mas como um "res" pensante. Assim ele chegou a mencionar:penso, logo, existo.Em "Discurso sobre o método". Mas ainda acho o sonho um mistério...

Ana Cláudia Nunes

ivodavid disse...

"Se a gente sonhasse todos os dias a mesma coisa" uai!

"porque os sonhos são todos diferentes e se diversificam"Será?

Vcs nunca tiveram um sonho repetido?

Eu tinha a alguns anos, um pesadelo crônico. Sonhava sempre a mesma coisa. Tratava-sa de um sequestro dos meus pais, eu sempre acordava cagando de medo, chorando e ia dormir com meus pais. Nem por ser sonho nem por ser sempre igual q ele deixava de me afetar e eu deixava de acreditar nele. Isso é, acreditava nele toda vez e me afetava, causando medo em sonho e em realidade, também, indepentendente de ser repetido ou por ser só sonho. Sacô?

aliaz isso me levou a pensar em outra coisa mto massa p escrever!